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AINDA VIVAS - Três Peças do Nóis de Teatro

Posted by Nóis de Teatro On 10:14 No comments


Conta-se que a melhor forma de travar conhecimento sobre uma cidade é saber como se ama, como se trabalha e como se morre. A partir desse argumento, o Nóis de Teatro reúne no espetáculo “Ainda Vivas” três peças que ligam Mulheres, Negrxs e LGBT+ numa sucessão de jogos sobre amor, trabalho e morte. Numa cidade sonâmbula, pessimista e sem utopia aparente, “Amok”, “Burnout” e “Anamnese” se perguntam se ainda é possível um projeto político emancipatório para nossas vidas. Ao fundar um espaço em praça pública, o espetáculo convoca as pessoas para adentrar no universo de três nós enlaçados de nosso tempo. Nas entre-peças, o microfone estará aberto para as manifestações do público, poetas e artistas da cidade: é aqui o palco para a poesia falar. “Ainda vivas” é, antes de tudo, um espetáculo sobre não morrer.

 

PEÇA Nº 01: AMOK

As estratégias de poder seguem disseminadas em nossa subjetividade, em nossa forma de olhar o futuro, em nossa maneira de amar. Existe algo realmente leve na Esperança? “Amok” nos lembra do Amor Romântico, da noção de felicidade encontrada no par, a relação amorosa como um remédio entorpecedor para os corações. Em Amok, o amor e o romance entre duas pessoas se apresentam como luz em momentos de noites insones. É o amor e suas facetas que agem como o Sol na terra dos Homens.

 

PEÇA Nº 02: BURN OUT

Vivemos o tempo do ultra desempenho, da ultra performance, da teologia do mérito e da prosperidade. É necessário uma rapidez fitness para não perder o start de um resultado. Patrões de si mesmos, indivíduos entregues à sua própria exploração. Somos homens livres? Acabou toda a escravidão? Para os corpos pretos parece que o peso que se carrega vem preenchido de uma perversidade singular. Vocês realmente entendem o que estamos dizendo? O privilégio do erro só poucos possuem. Ainda estamos vivas?

 

PEÇA Nº 03: ANAMNESE

É necessário conhecer “a peste” para poder controlá-la. E o poder segue criando suas estratégias de controle e dominação, ajustando-se aqui, adaptando-se ali para, como ratos na madrugada, adentrar à nossa casa para saquear nosso alimento, nossa potência. Nossa memória está refém dessas transformações: esquecemos facilmente nossa história em favor de um ideal de progresso. “Anamnese” nos lembra do corpo-festa, do corpo que desestabiliza a moral branca-hétero-cis-normativa que se instalou como moradia segura na nossa sociedade. De Stonewall à Divine, onde houver um ajuntamento periférico, haverá um grito que reverbera: Ainda vivas!

 

FICHA TÉCNICA

 

Direção Geral – Altemar Di Monteiro

Dramaturgia – Altemar Di Monteiro e Pedro Bomba

Elenco – Nayana Santos, Doroteia Ferreira, Henrique Gonzaga, Renato Hirco, Amanda Freire, Ilton Rodrigues e Edna Freire

Percussão – Bruno Sodré

Contraregragem – Kelly Enne Saldanha

Participação especial – Stéfany Mendes

Assistência de Direção – Henrique Gonzaga

Preparação Vocal e Canções Originais – Tatá Santana

Coreografias – Gabriel Moraes e Doroteia Ferreira

Figurinista – Ruth Aragão

Costureiras - Antônia Araújo, Ayla Buriti, Francisca Bento e Quina

Assistente de Figurino - Rochelle Nunes

Colaboração especial Figurino - Dami Cruz e Jô de Paula

Cenários – Bruno Sodré

Marceneiro - Seu Renato

Pintura Cenários – Ksim

Cenotécnico, Técnico de Som e Luz – Bruno Sodré

Adereços – Altemar Di Monteiro e Nayana Santos

Projeto Gráfico – Altemar Di Monteiro

Bonequeiros – Cláudio Magalhães e Carlos César

Maquiagem – Edna Freire

Fotografia – Luiz Alves

Produção – Nóis de Teatro

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