O terceiro ato da intervenção urbana "O Jardim
das Flores de Plástico" saúda a rua num grande cortejo cênico,
investigando e dialogando com e na periferia. Marcados pelo ritmo dolente do
maracatu cearense, o “Jardim” vai tomando as ruas com sua espetacularização do
cotidiano. Como nas intervenções anteriores, a dor, o confronto e o conflito se
estabelecem dentro de relações bem mais complexas daquilo que se vê, se sente,
se reflete.
FICHA TÉCNICA
Direção e
Dramaturgismo:
Altemar Di Monteiro
Elenco: Kelly Enne
Saldanha, Henrique Gonzaga, Doroteia Ferreira, Jefferson Saldanha, Bruno Sodré,
Gil de Souza, Jonas de Jesus, Gleilton Silva e Angélica Freire
Contraregragem: Nayana Santos,
Amanda Freire e Edna Freire
Figurino: Valne Lima
Numa grande metrópole, um casal de classe média alta,
de madrugada, é abordado por um menino de rua num semáforo. Assustados, o jovem
casal atira no menino. Antônio e Sara recebem no seu apartamento uma senhora
que julga ter visto o assassinato. Duas questões colocam-se de forma antagônica
em cena, ampliando a sua percepção para além de um discurso fechado,
totalizante. Se de um lado, o jovem casal assassinou, a queima-roupa, uma
criança de idade não revelada, do outro, a tal senhora faz chantagem para não
denunciar o caso.
FICHA TÉCNICA
Direção: Altemar Di Monteiro
Texto: Marcos Barbosa
Elenco: Edna Freire,
Magno Carvalho, Kelly Enne Saldanha e Henrique Gonzaga Técnico de Som e Luz: Jefferson
saldanha
Diante do continuo massacre de violência e opressão na
qual estamos inseridos e da necessidade de pensar o teatro contemporâneo,
investigando a performance de rua é que o Nóis criou a intervenção O Jardim das
Flores de Plástico. Trabalho fluido, que transita num espaço continuo de
transformação e reapropriação, o trabalho nasceu em 2012, no ato 01 que tinha
por estimulo a questão do uso da arma de fogo. Em 2013, trazemos o “Ato 02-
Violência pré fabricada”, que surge da necessidade de mostrar as reações do
oprimido diante das predestinações a que estamos sujeitos. Uma bolha serve de
cenário para a performance. Uma divisão de classes. Condicionamento do lixo
social. Vitrine da opressão. Prisão. O enfrentamento é inevitável. A violência
se instala e todos assistem como mais um acontecimento na TV. O caos. Caos
humano. Caos social. A violência pré fabricada se torna violência de fato. Sai
a bolha, rompe a prisão, a reação do oprimido.
FICHA TÉCNICA
Concepção e
Direção:
Altemar Di Monteiro
Elenco: Henrique
Gonzaga, Kelly Enne Saldanha, Edna Freire, Doroteia Ferreira, Amanda Freire,
Jefferson Saldanha e Nayana Santos
O que mata é o
costume!” surge de um longo período de pesquisas e experiências do Nóis de
Teatro, aliado à inquietude perante o grande costume do teatro de rua
tradicional. Baseado em conto japonês e escrito por Brecht em 1930, o texto possui uma temática atual e a adaptação do grupo pretende trazer o
conto japonês para a nossa época. A peça fala sobre a importância da reflexão e
de como o ser humano se comporta diante de determinadas situações. Com direção
de Altemar di Monteiro, o espetáculo parte de um processo colaborativo que
experimenta a fusão de elementos do Teatro Épico, do Teatro do Oprimido, da
performance e do Teatro Pós-Dramático, numa cena eletro-tecno-dance que utiliza
do universo da música eletrônica e a descontinuidade como recurso cênico para o
debate dialético acerca dos temas apresentados.
FICHA TÉCNICA
Texto livremente inspirado em “Aquele que diz sim, Aquele que diz
não”, de Bertolt Brecht
Dramaturgismo e Direção: Altemar
Di Monteiro
Elenco: Kelly Enne Saldanha,
Dorotéia Ferreira, Iane Lima, Amanda Freire, Henrique Gonzaga, Érika Peixoto,
Angélica Frerie, Nayana Santos, Hylnara Anny e Edna Freire
Contraregragem: Altemar
Di Monteiro, Jefferson Saldanha, Jonas de Jesus e Bruno Sodré
Figurinos: Altemar
Di Monteiro e Valne Lima
A banalidade como hoje em dia é tratada a violência
nos bairros de periferia traz algumas reflexões acerca do assunto. A rotina da
violência contribui para essa realidade, isso é fato. Mas por que essas regiões
são detentoras dos maiores índices de violência? Por que os lugares definidos
como territórios da paz são chamado por muitos como territórios da morte? Desarmar
é a solução?
FICHA TÉCNICA
Direção e
Dramaturgismo:
Altemar Di Monteiro
Elenco: Henrique
Gonzaga, Kelly Enne Saldanha, Iane Lima e Edna Freire
Bailarinos: Doroteia
Ferreira, Bruno Sodré, Angélica Freire e Nayana Santos
Já fazia um tempo que o Nóis de Teatro mantinha
contato com assentamentos rurais, através da circulação de espetáculos e
residências artísticas, então, em 2010, resolvemos investir nesse processo.
“Sertão.doc” surge como um marco na nossa história, no sentido do surgimento de
outras perspectivas estéticas, poéticas e de pesquisa. Através do que chamamos
de “Teatro Documentário”, o espetáculo trata das modernas questões que envolvem
a sociedade campesina brasileira, discutindo pontos importantes acerca da
questão da terra e da reforma agrária, desde o latifúndio e a perseguição
política até o agronegócio, a revolução verde e a moderna reflexão sobre
agroecologia.
FICHA TÉCNICA
Direção: Murillo Ramos
Dramaturgismo: Altemar Di
Monteiro
Elenco: Altemar Di
Monteiro, Murillo Ramos, Jonas de Jesus, Bruno Sodré e Kelly Enne Saldanha
Sonoplastia: Jefferson
Saldanha, André Lobo e Dario Oliveira
Contraregragem: Henrique Gonzaga
e Erika Peixoto
Matias,
Catarina e Manuel contam e encenam "causos" retratados em literatura
de cordel. Os personagens são andantes do interior do Ceará que vivem de
terreiro em terreiro contando histórias que ouviram em suas andanças. O espetáculo
“Artimanhas” pretende oferecer às crianças momentos lúdicos com um espetáculo
infantil que tem por base a contação de histórias de cordel, possibilitando a
ampliação dos referenciais poético-literários e estimulando a leitura como
experiência significativa para o conhecimento do mundo.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgismo
e Direção: Altemar Di Monteiro
Elenco:
Altemar di Monteiro, Jefferson Saldanha, Edna Freire e Angélica de Freire Operador
de Som: Henrique Gonzaga
O espetáculo passa na roça e aborda, com humor, o jeito particular de ser
do povo do interior do Ceará, focando suas cenas em torno de uma família da
roça e do cotidiano de um juiz de paz e suas deliberações. Essa obra de Martins
Pena, pretende explorar uma série de situações em que transbordam a
simplicidade e inocência do povo do interior.
FICHA TÉCNICA
Adaptação e Direção: Altemar
Di Monteiro
Elenco: Edna Freire, Valne
Lima, Angélica de Freire, Jefferson Saldanha, Henrique Gonzaga, Kelly Enne
Saldanha, Arleudo Xavier, Gleilton Silva, Iane Lima e Amanda Freire
Figurino: Angélica de Freire,
Kelly Enne Saldanha e Altemar di Monteiro Adereços:
Valne Lima
Iluminação: Duda
Lemos
Clássico de Gil
Vicente escrito em 1517, narra a saga de personagens mortas que esperam o
julgamento que as levará a barca do céu ou do inferno. Um a um eles
aproximam-se do Diabo, carregando o que na vida lhes pesou. Ao saber que a
barca vai para o inferno ficam horrorizados e se dizem merecedores do Céu.
Aproximam-se então do Anjo que os condena as profundezas por seus pecados.
Escrito em versos rimados, fundindo poesia e teatro, fazendo com que o texto,
cheio de ironia, trocadilhos, metáforas e ritmo, flua naturalmente. Faz parte
da trilogia dos Autos da Barca (do Inferno, do Purgatório, do Céu). Sátira onde
a caracterização cômica dos personagens permeia o burlesco, tratando de forma
contundente a miséria humana, as prevaricações, o suborno, a corrupção, as
glória prometidas por Deus na vida eterna, tal qual hoje nos deparamos com
situações semelhantes.
FICHA TÉCNICA
Adaptação e Direção: Altemar
Di Monteiro
Elenco: Henrique Gonzaga, Angélica
de Freire, Jefferson Saldanha, Altemar Di Monteiro, Edna Freire, Arleudo
Xavier, Kelly Enne Saldanha e Nataly Rocha
Cenário: Valne Lima
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