Por Kelly Enne Saldanha
Os trabalhos com o “Periféricos” está indo para caminhos ainda desconhecidos. Os encontros acontecem com muitos experimentos, estudos, debates, conversas, etc. Tudo nos serve como base para aquilo que vamos produzir. Sabemos apenas que queremos atuar em espaços abertos e trabalhar neles de maneira que possamos explorar as possibilidades locais. Essa necessidade de mapear e investigar o espaço aberto parte de uma linha atual de pesquisa que o Nóis de teatro vem desenvolvendo. Ora, se estamos na rua, vamos aproveitar tudo que ela pode nos dar.
Outro questionamento é em relação ao que será feito. A questão do desarmamento é um assunto já muito discutido. Daí vem a preocupação de falar de algo já muito debatido de uma maneira interessante e surpreendente.
Duas linhas de trabalho nos envolve nesse processo de montagem. Fazer um trabalho infantil ou trabalhar com a performance. Ou mesmo, os dois itens juntos. Trabalhar com a performance se torna ate mais fácil para o grupo pela proximidade que já existe com essa linguagem, enquanto que ir para o trabalho infantil nos trás um desafio. Não é fácil fazer um trabalho para criança, ainda mais quando as crianças de hoje em dia estão ficando cada vez mais adultas rapidamente. Falar pra criança sem parecer “idiota” é algo preocupante também.
Acredito que estamos caminhando para um trabalho voltado para o desarmamento infantil, explorando o espaço aberto. Não significa que devamos tratar esse assunto com uma linguagem infantil, mas o interessante nesse momento são as experiências que estamos tendo para realizar a montagem desse novo trabalho.
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