Em
2012, o Ministério da Cultura lançou o Prêmio Agente Jovem de Cultura, onde
foram premiadas 500 ações culturais desenvolvidas por jovens, entre 15 e 29
anos, de todo o Brasil, dentre eles o Projeto “Teatro do Oprimido na periferia
de Fortaleza”, realizado pelas atrizes do Nóis de Teatro Edna Freire e Nayana
Santos. Já fazia alguns anos que essa ação vinha sendo desenvolvida na
comunidade, com oficinas que acontecem na Granja Portugal para crianças e
adolescentes, então, a partir daí é que o Nóis de Teatro, com o apoio do
prêmio, pôde ampliar essa ação de formação em teatro do oprimido para os
moradores do bairro Granja Portugal e adjacências
Após
a premiação, o desafio era montar as turmas para que as oficinas de Teatro do
Oprimido começassem, então, entraram no projeto mais outras duas atrizes do
Nóis, Amanda Freire e Dorotéia Ferreira, que puderam ajudar na mobilização e
ampliação das atividades para o Grande Bom Jardim, Território de Paz. Com a
ampliação do projeto foram montadas duas turmas, uma que continua se
encontrando na sede do Nóis de Teatro, que tem como facilitadoras Amanda Freire
e Edna Freire, e outra no Centro Cultural Bom Jardim com Nayana Santos e
Dorotéia Ferreira.
Com
os exercícios desenvolvidos por Augusto Boal e difundidos pelo Centro do Teatro
do Oprimido, Edna, Amanda, Nayana e Dorotéia convidam as crianças e
adolescentes da comunidade a refletir em que momento da sua vida, seja em casa,
na rua, na escola, elas se sentem oprimidas ou opressoras. Já podemos ver
alguns resultados, como disse Alanda Silva, de dez anos, participante da
oficina : “eu posso ser oprimida por um colega da escola e quando chegar em
casa ser opressora do meu irmão pequeno”.
Além das descobertas das crianças e adolescentes essas oficinas também
proporcionam novas experiências a quem ministra como diz Edna Freire,
facilitadora da turma da sede do Nóis de Teatro: “ As vezes as pessoas podem
pensar que o que eles falam não tem importância, mas cada reflexão que eles
fazem dos exercícios são muito pertinentes a realidades deles.” Dorotéia
Ferreira, facilitadora da turma do Centro Cultural do Bom Jardim, continua
dizendo: “ ...eu acho que eles tem um visão bem maior da própria realidade
deles, eles já conseguem perceber que ser oprimido não é normal, como também
não é normal ser opressor.”
A
finalização do projeto vai ser a montagem de uma esquete com as duas turmas que
será apresentada na Sede do Nóis de Teatro e no Centro Cultural Bom Jardim, em
julho. Assim as crianças e adolescentes vão poder mostrar para toda a
comunidade tudo aquilo que eles experimentaram durante todo esse tempo.
O
projeto “Teatro do Oprimido na periferia de Fortaleza” é realizado com recursos do Prêmio Agente
Jovem de Cultura: Diálogos e Ações Interculturais, da Secretaria da Cidadania e
da Diversidade Cultural, do Ministério da Cultura (MinC).
Mais
informações: (85) 8810.9041 / 8685.9995 / 8567.4553
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