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CONFIRA A 15º EDIÇÃO DO JORNAL A MERDRA!

Posted by Nóis de Teatro On 12:22 No comments

Chegamos à décima quinta edição do Jornal A Merdra (Setembro-Outubro), com um conteúdo especial escrito por Altemar Di Monteiro, Kelly Enne Saldanha, Henrique Gonzaga, Augusto Azevedo, Silvia Moura, Débora Amaro, Fernando Leão e Nayana Santos. Você também pode contribuir para a edição 16 a ser lançada em novembro. Basta enviar sua proposta textual para gruponois@yahoo.com.br. Podem ser poemas, artigos, crônicas, noticias, o que importa é discutirmos arte, cultura e sociedade, em especial as que partem das comunidades de periferia.

EDITORIAL
Pra quem tem teto a rua é prazer”, lugar onde podemos “andar no ‘sentido contrário’, indo na contra mão”, investindo nosso olhar na produção de outros sentidos sobre o mundo, sobre a vida, sobre a existência. A rua, esse lugar que nos inspira e nos deixa “em carne viva”, lugar onde podemos observar as “marcas inapagáveis do passado e o olhar vertiginoso sobre o futuro” e, elevados a um estado de imaginação material, “reinventamos a vida, reinventamos os sonhos”. A rua nos inspira, ela nos revela, ela nos liberta. Mas que rua? Que ruas? Num mundo onde cada vez mais somos cercados de ideia de privatização, de shoppings por todos os lados, de monitoramento panóptico e cerceamento policial, cada vez fica mais difícil ocupar os espaços públicos e transbordar em afeto e desejo de encontro. Mas é preciso resistir e “seguir na luta cotidiana por um mundo totalmente avesso a esse que identificamos, com tantas mazelas, tanto racismo, tanto desamor”.


É possível observar no cenário cearense, e porque não dizer, no brasileiro, um levante de produção cultural que vê na rua um lugar de produção do ‘exercício experimental da liberdade’, lugar da “expressão de uma juventude inquieta com a sociedade” e que, através da sua inventividade aspiram outros modos de vida. Como diz Fernando Leão, “é o ato de imaginar que nos permite nos situar num tempo futuro e, assim, sonhar o “inédito viável”. Mas faz-se necessário ampliar nosso olhares, desconstruir nossas percepções, complexificar nossas vozes e discursos, reconstruir a imaginação e desconfiar, desconfiar sempre da “natureza” inóspita e selvagem da privatização constante da vida. Contra os donos do agrobiz, contra os reis do agronegócio”, a favor da vida, e da vida em abundância!


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