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NÓIS E ALFENIM

Posted by Nóis de Teatro On 12:56 No comments





Por Nayana Santos

Iniciamos nosso dia primeiro de Fevereiro, com visita a Casa Amarela, lugar que está como sede do Coletivo de teatro alfenim a três anos. Centro comercial da cidade, rua estreita e pouco atraente para quem esta acostumado a ambientes “limpos e bonitos” para ver espetáculos. Os colegas falam da relação que se estabeleceu com os moradores da área e também com a população de rua que vive por lá, região conhecida como Cracolândia, devido ao grande número de usuários de drogas, apesar de ter essa fama, eles afirmam que em todo esse tempo nunca houveram problemas de furtos, roubos ou qualquer coisa do tipo por conta da população de rua, pelo contrario, eles respeitam, admiram e consideram o espaço da sede. Conversando sobre o funcionamento da sede, organização do grupo e repertório, percebemos que temos muito em comum. Intercâmbios se tornam cada vez mais necessários para escutarmos e compartilharmos as realidades que estamos enfrentando em tempos mais que difíceis para a cultura no país. A busca por fazer teatro político e criar seu repertório em cima de suas necessidades de explorar e abrir o que nos inquieta, move e atravessa como pessoas do mundo, também é um fator fundamental para as montagens realizadas até hoje pelo coletivo. Uma roda bonita estava montada, todos ouvindo atentos o que cada um falava, afinal, nossas demandas e necessidades são parecidíssimas. Nessa roda estavam presentes também, pessoas que participaram das oficinas de Dramartugias da cidade, buscando conhecer o trabalho do Nóis e ouvir também como funcionava o Coletivo Alfenim. Pausa para entrevista do Nóis par TV, boa oportunidade para um café com alfenin, conhecemos a parte superior da casa amarela. Onde se organizam mesa de produção, acervo e ateliê de experimentação de figurinos. Espaço onde se concentra os “bastidores” desse povo que desde 2007 vem trabalhando num teatro que mistura denuncia e política. Atualmente o coletivo conta com 11 pessoas e assim como vários grupos/coletivos que conhecemos, usa os editais públicos e privados para manter o funcionamento e continuidade das ações. Trocas importantes e bonitas para sabermos com quem caminhamos e como ainda se faz teatro nesse Brasil e principalmente no nordeste. Ficamos com o desejo de voltar para ver a casa amarela funcionando aberta ao publico, olhando e participando do que é feito com tanta dedicação para ao povo. Troca de ideias e renovação de forças para continuar concluídas com sucesso!

Este projeto foi financiado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2017/2018.


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