Por
Nayana Santos
Iniciamos
nosso dia primeiro de Fevereiro, com visita a Casa Amarela, lugar que está como
sede do Coletivo de teatro alfenim a três anos. Centro comercial da cidade, rua
estreita e pouco atraente para quem esta acostumado a ambientes “limpos e
bonitos” para ver espetáculos. Os colegas falam da relação que se estabeleceu
com os moradores da área e também com a população de rua que vive por lá,
região conhecida como Cracolândia, devido ao grande número de usuários de
drogas, apesar de ter essa fama, eles afirmam que em todo esse tempo nunca
houveram problemas de furtos, roubos ou qualquer coisa do tipo por conta da
população de rua, pelo contrario, eles respeitam, admiram e consideram o espaço
da sede. Conversando sobre o funcionamento da sede, organização do grupo e
repertório, percebemos que temos muito em comum. Intercâmbios se tornam cada
vez mais necessários para escutarmos e compartilharmos as realidades que
estamos enfrentando em tempos mais que difíceis para a cultura no país. A busca
por fazer teatro político e criar seu repertório em cima de suas necessidades de
explorar e abrir o que nos inquieta, move e atravessa como pessoas do mundo,
também é um fator fundamental para as montagens realizadas até hoje pelo
coletivo. Uma roda bonita estava montada, todos ouvindo atentos o que cada um
falava, afinal, nossas demandas e necessidades são parecidíssimas. Nessa roda
estavam presentes também, pessoas que participaram das oficinas de Dramartugias
da cidade, buscando conhecer o trabalho do Nóis e ouvir também como funcionava
o Coletivo Alfenim. Pausa para entrevista do Nóis par TV, boa oportunidade para
um café com alfenin, conhecemos a parte superior da casa amarela. Onde se
organizam mesa de produção, acervo e ateliê de experimentação de figurinos.
Espaço onde se concentra os “bastidores” desse povo que desde 2007 vem
trabalhando num teatro que mistura denuncia e política. Atualmente o coletivo
conta com 11 pessoas e assim como vários grupos/coletivos que conhecemos, usa
os editais públicos e privados para manter o funcionamento e continuidade das
ações. Trocas importantes e bonitas para sabermos com quem caminhamos e como
ainda se faz teatro nesse Brasil e principalmente no nordeste. Ficamos com o
desejo de voltar para ver a casa amarela funcionando aberta ao publico, olhando
e participando do que é feito com tanta dedicação para ao povo. Troca de ideias
e renovação de forças para continuar concluídas com sucesso!
Este projeto foi financiado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2017/2018.
Este projeto foi financiado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2017/2018.
0 comentários:
Postar um comentário