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Assentamento Poço da Onça - Miraíma - CE – 10 de agosto de 2010

Posted by Nóis de Teatro On 13:21 No comments

Local: Torradão Club

Dia cansativo. Calculamos mal a distância entre Madalena e Miraíma. Acabamos passando o dia inteiro viajando. Demos uma parada em Canindé para comprar alguns materiais que se danificaram durante a viagem e para descansar um pouco. Foi ai que demos conta que está-vamos voltando para Fortaleza, para de lá pegar o percurso para o Assentamento Poço da Onça. Preocupamo-nos porque havíamos fechado com a comunidade que almoçaríamos lá, então, com certeza, havia um almoço delicioso nos esperando.

Deu 14h e ainda estávamos muito longe, por isso decidimos almoçar na estrada. Uma pena, porque a comida do João Paulo, cozinheiro da associação de Poço da Onça, é uma delícia. Depois do almoço, viajamos por mais 3h até chega na comunidade às 17h30, em cima da hora, sem ao menos haver tempo para descansar. Fomos direto para o local da apresentação descarregar o material e nos preparar para a apresentação tendo em vista que estava marcada para as 19h.



Fomos recebidos no Torradão Club pelo Mestre Manoel Torrado, que nos deu o suporte para a montagem para a apresentação. O publico foi começando a chegar e começamos o espetáculo. Foi a melhor apresentação até agora. Muito boa: um excelente ritmo, houveram as melhores respostas, interação com a platéia, etc.

Após a apresentação o microfone ficou aberto para um pequeno debate e as lideranças se posicionaram parabenizando pelo espetáculo e comentando sobre os momentos de luta em que a comunidade passou. Mestre Manoel Torrado ficou muito feliz com a apresentação. Ze Maria Barbosa, emocionado, mencionou o momento histórico em que o assentamento foi cercado por 1.000 homens fardados, ameaçando despejo. Seu Ze Iran, presidente da associa-ção, lamentou o fato de terem poucas pessoas assistindo o espetáculo, ele queria ter divulgado mais. Interessante perceber que havia muitas pessoas, em torno de cem, mas para a comunidade um evento como esse precisava de toda a comunidade (em torno de 500 pessoas) para discutir as questões apresentadas. Falaram também algumas senhoras da comunidade parabenizando pelo espetáculo.

Depois de tudo, muito cansados, desmontamos o material e já deixamos tudo pronto para a viagem para Várzea Alegre no dia seguinte. No carro, a caminho do próximo assentamento, debates homéricos sobre o conceito do espetáculo.

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