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O ESCARCÉU UNDERGROUND QUE CONTAGIOU A RIBEIRA – CARAVANA SE DESPEDE DO RIO GRANDE DO NORTE

Posted by Nóis de Teatro On 07:22 No comments



Por Henrique Gonzaga e Altemar di Monteiro


Com o apoio da FUNARTE e do Premio Myriam Muniz 2012, a Caravana Nóis de Teatro 10 anos se despediu na ultima segunda-feira (15) das terras potiguares com a certeza de dever cumprido. Foram muitas emoções e experiências inesquecíveis.

Em Mossoró, “A Granja” ocupou o Largo do Memorial da Resistência, espaço dedicado ao povo que lutou contra a "invasão" do Bando de Lampião. Lá, Ze da Granja demarcou território e o povo mais uma vez brincou, riu, emocionou-se e reuniu-se pra lutar contra a tirania do opressor. Agradecemos imensamente a Cia Escarcéu por tudo o que nos proporcionou, desde toda a articulação na cidade até a noite de trocas e intercâmbios que tivemos após a apresentação. 




De Mossoró partimos pra Natal. Lá nos encontramos com dois novos companheiros de luta, o pessoal do Coletivo Fulô e a galera do Giradança, que nos receberam de braços abertos. No sábado, após o lançamento do livro “A arte que vem das Margens”, o espetáculo “Sertão.doc” foi apresentado em um espaço que parecia ter sido feito para ele: uma rua do Centro Histórico de Natal, conhecida por suas casas de rock and roll, onde várias tribos se reúnem num ambiente altamente underground e transgressor, clima perfeito para nossas guitarras, baterias e o discurso de luta. Foi simplesmente inesquecível.

No domingo continuamos em Natal, mas dessa vez havia um grande diferencial: apresentamos no Circuito Cultural da Ribeira. “O que mata é o costume” aconteceu no mesmo espaço onde tinha sido apresentado “Sertão.doc”. Ao chegarmos no local, a chuva veio junto. A chuva não parava. Procurávamos alternativas para a apresentação, mas em um breve descuido de São Pedro, armamos todos os equipamentos e fomos pra rua. Se no sábado a energia underground contagiava o espaço, no domingo, o sentimento pop-eletrônico da discotecagem dos deejays e o hip-hop dançado pelos grupos da região estimulavam a pulsão do espetáuculo “ O que mata é o costume”.

Aproveitando a trégua da chuva começamos o espetáculo, em poucos minutos toda uma rua estava em uma grande festa, onde as energias diversas se encontraram e proporcionaram uma explosão de sentimentos em todos que estavam alí, principalmente nós, atores. A cada pergunta, a cada sugestão, a cada suposição toda aquela rua entrava na cena e questionava, tentava responder e principalmente se identificava, o que marcava ainda mais a grande diversidade do espaço.



 Agradecemos muito aos amigos do Coletivo Fulô e do Giradança que nos proporcionaram momentos inesquecíveis e esperamos voltar em breve para continuar essa história que apenas começou a ser escrita. Voltamos para estrada, continuando a Caravana Nóis de Teatro 10 anos. Nesse momento estamos em João Pessoa, na sede do Grupo Quem tem Boca é Pra Gritar! Ta sendo incrível. Em breve lançamos mais informações.

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